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Ex-presidente não ocultou patrimônio, não recebeu favores, não fez nada ilegal, diz Instituto Lula

Em nota, entidade afirma que compra da cota da Bancoop referente a apartamento no Guarujá foi declarada ao Fisco e é pública desde 2006, mas que família não comprou o imóvel; cooperativa diz não ter mais relação com o Condomínio Solaris

Por Daniel Galvão e Carla Araujo
Atualização:

O Instituto Lula divulgou nota nesta quarta-feira, 27, em que afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nunca escondeu que sua família comprou, a prestações, uma cota da Bancoop para ter um apartamento onde hoje é o Edifício Solaris, no Guarujá, litoral de São Paulo. De acordo com o comunicado, a compra da cota foi declarada ao Fisco e é pública desde 2006.

O instituto afirmou, no entanto, que, para Lula ter, "de fato e de direito", o apartamento, seria necessário o pagamento da diferença entre o valor da cota e o do imóvel, com as modificações e acréscimos ao projeto original. "A família do ex-presidente nunca exerceu esse direito", explica o texto.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula

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"Portanto, Lula não ocultou patrimônio, não recebeu favores, não fez nada ilegal. E continuará lutando em defesa do Brasil, do Estado de direito e da democracia", diz a nota do Instituto Lula.

Segundo o instituto, Lula não foi sequer citado na decisão do juiz federal Sérgio Moro que deflagrou a 22ª fase da Operação Lava Jato, denominada Triplo X, nesta quarta-feira. O instituto repudiou ainda "qualquer tentativa de envolver seu nome em atos ilícitos investigados na chamada Operação Lava Jato".

"Nos últimos 40 anos, nenhum líder brasileiro teve a vida particular e partidária tão vasculhada quanto Lula, e jamais encontraram acusação válida contra ele. Lula foi preso, sim, mas pela ditadura, porque lutava pela democracia no Brasil e pelos direitos dos trabalhadores", diz o comunicado.

Bancoop. Em nota, a Bancoop afirmou não ter mais relação com Condomínio Solaris após acordo judicial celebrado com o Ministério Público de São Paulo e depois homologado pela Justiça. “O empreendimento foi transferido à construtora OAS Empreendimentos. Esse acordo específico de transferência foi homologado pelo Poder Judiciário em 11 de novembro de 2009. Assim, desde 2009 a Bancoop não tem qualquer relação com o empreendimento Mar Cantábrico, que, inclusive teve sua denominação alterada para Solaris.”.

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