PUBLICIDADE

Ex-candidato a presidente da Colômbia nega caixa dois da Odebrecht

Pagamento dos serviços do marqueteiro Duda Mendonça na campanha de 2014 teria sido feito por construtora brasileira

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:
Zuluaga afirmou que espera que a Justiça investigue supostas irregularidades Foto: Eduardo Muñoz/EFE

BOGOTÁ - O ex-candidato à Presidência da Colômbia pelo partido opositor Centro Democrático, Óscar Iván Zuluaga, negou nesta terça-feira, 31, ter conhecimento sobre um suposto pagamento da construtora Odebrecht ao marqueteiro de sua campanha, Duda Mendonça, e defendeu que todos os gastos nas eleições de 2014 foram transparentes.

PUBLICIDADE

"Não posso responder pelas atuações de outras pessoas, eu não respondo porque o que eu paguei, eu contratei", afirmou Zuluaga. "Somente há versões de imprensa e não conhecemos os depoimentos completos. Eu espero que os envolvidos neste episódio entreguem suas declarações e que a Justiça investigue o que tiver de investigar."

Nesta semana, a revista Veja revelou que a Odebrecht teria realizado pagamentos a Duda Mendonça via caixa dois durante as eleições de 2014 na Colômbia. Zuluaga perdeu o pleito para Juan Manuel Santos.

"Eu só respondo por aquilo que falei, contratei e paguei a Duda Mendonça. Eu não posso ser responsabilizado de algo que não conheço", disse Zuluaga, que ressaltou que todos os gastos de sua campanha estão reportados ao Conselho Nacional Eleitoral.

Por sua vez, o chefe e fundador do Centro Democrático, o ex-presidente e senador Álvaro Uribe, manifestou em um comunicado que Duda deve dizer de quem e porquê teria recebido recursos indevidos da Odebrecht sem informar a Zuluaga.

O escândalo na campanha do conservador Zuluaga se soma às investigações que diferentes órgãos de controle da Colômbia realizam sobre o envolvimento da Odebrecht com entes públicos.

Segundo documentos publicados em 21 de dezembro pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht teria pago aproximadamente US$ 788 milhões em subornos em 12 países na América Latina e na África. Somente na Colômbia, a propina teria sido de mais de US$ 11 milhões entre 2009 e 2014. /EFE

Publicidade