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'Estou sempre tranquilo', afirma Levy

A fala do ministro ocorre dois dias depois de a presidente, em viagem pela Turquia para participar da reunião do G-20 reconheceu divergências com ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Foto do author Lorenna Rodrigues
Por Rachel Gamarski e Lorenna Rodrigues (Broadcast)
Atualização:
O ministrod a Fazenda Joaquim Levy Foto: Dida Sampaio|Estadão

Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta quarta-feira, 18, que "está sempre tranquilo" em relação a sua permanência no cargo. A resposta foi dada após ele ser questionado sobre sua permanência na pasta e sobre as declarações da presidente Dilma de que ele “fica onde está”. Levy não entrou em detalhes e preferiu não dar continuidade aos questionamentos e às especulações sobre a discussão. 

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A fala do ministro ocorre dois dias depois de a presidente, em viagem pela Turquia para participar da reunião do G-20 reconheceu divergências com ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem atuado nos bastidores para a nomeação do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles no lugar de Levy,e disse quenão tem de “concordar com todas as avaliações” dele em referência às especulações sobre troca no Ministério da Fazenda. 

“Eu não só gosto muito do presidente Lula, como o respeito. Mas não temos de concordar com todas as avaliações”, disse. “Acho extremamente nocivas as especulações quanto ao ministro que me obrigam a, de forma sistemática, reforçar que o ministro fica onde está”, seguiu a presidente. Além disso, como divulgou o Estado nesta quarta, Dilma condiciona a permanência de Levy no cargo a uma melhora na economia em 2016. 

Para Dilma, neste momento, Levy ainda tem missões para cumprir e contou a favor, por exemplo, a nova vitória obtida nesta terça-feira por ele, no Congresso, ao aprovar na Comissão Mista de Orçamento a nova meta fiscal de 2015.

Mas Dilma gostaria, segundo auxiliares, que Levy mudasse sua forma de agir, mostrando o que está sendo feito para retomar o crescimento do País e apontar caminhos para tornar isso viável. Para ajudar nessa estratégia, a presidente tem reforçado a defesa da recriação da CPMF, uma das propostas consideradas fundamentais pelo ministro para dar um fôlego às contas públicas.

A ideia é que Levy apresente um discurso mais otimista, apontando para um futuro melhor em 2016, e não se limitando apenas a falar de “ajuste, ajuste e ajuste”. Dilma entende que as vitórias obtidas por Levy fortalecem ela própria e o governo.

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