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'Estado' vence Prêmio Dom Helder 2017 com série 'Terra Bruta'

Trabalho realizado durante sete meses em oito Estados mostrou que ao menos 1.309 pessoas, principalmente camponeses e indígenas, morreram em conflitos nos últimos 20 anos

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Por Redação
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BRASÍLIA - A série “Terra Bruta”, publicada entre os dias 10 e 17 de julho pelo Estado, conquistou o Prêmio Dom Helder Câmara 2017, concedido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A entrega do prêmio ocorreu no dia 31 de março em Trindade (GO), em evento que comemorou a 50.ª edição dos Prêmios de Comunicação da CNBB.

Dom Hélder é reconhecido pela defesa dos direitos humanos durante o regime militar. Foi o único brasileiro indicado quatro vezes para o Prêmio Nobel da Paz.

Terra Bruta. Pistolagem, devastação e morte no coração do Brasil Foto: Dida Sampaio|Estadão

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A série “Terra Bruta” abordou, durante oito dias de reportagens, os problemas de violência, disputas de terra e desmatamento pelo interior do País. O trabalho realizado durante sete meses mostrou que ao menos 1.309 pessoas, principalmente camponeses e indígenas, morreram em conflitos nos últimos 20 anos. A partir de viagens feitas a oito Estados, a série mapeou 482 áreas de confrontos, revelou a atuação de seguranças particulares acusados de envolvimento em homicídios e apresentou uma rede criminosa que promove o comércio ilegal de madeira e o roubo de terras públicas.

Em 2016, “Terra Bruta” venceu o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, concedido pelo Instituto Vladimir Herzog. A reportagem também recebeu, no ano passado, o Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, na categoria reportagem, distinção concedida desde 1984 pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio Grande do Sul e pela Associação de Fotógrafos e Cinegrafistas do Brasil (Arfoc).

O trabalho venceu ainda o prêmio de Reportagem do Ano, concedido pelo Estado, e foi agraciado com o segundo lugar no Prêmio Latino-americano de Jornalismo Investigativo, concedido anualmente pelo Instituto Prensa y Sociedad (IPYS) e pela Transparência Internacional.

A equipe que produziu a reportagem é formada por André Borges, Leonencio Nossa, Dida Sampaio e Hélvio Romero. Os trabalhos de edição e multimídia são de Luciana Garbin, Fábio Sales e Everton de Oliveira.