Erundina diz que dá agonia ver PP ao lado do PCdoB

Deputada federal dá a declaração durante evento organizado pelo PT de São Paulo

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Por Redação
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Em evento organizado pelo PT de São Paulo para discutir "diretrizes e estratégias de uma política pública de comunicação", a deputada federal Luíza Erundina (PSB-SP) lamentou nesta tarde a falta de condições políticas do governo federal para enfrentar bandeiras da esquerda e dos movimentos sociais. "Dá uma tristeza, uma agonia ver o PP do Maluf com o PCdoB. Está tudo igual", afirmou Erundina.Segundo ela, "o movimento sindical está domesticado" e "o governo se ressente desta aliança com os movimentos sociais organizados".Ao comentar a postura do governo em relação a críticas feitas a terceira versão do Programa Nacional de Direitos Humanos e à revisão da Lei da Anistia, a ex-petista fez uma crítica mais direta e defendeu a reforma política para mudar a correlação de forças costurada pelo governo em nome da governabilidade."O governo fica numa atitude meio subserviente às Forças Armadas, à mídia. Se for depender do governo, não espere muita ousadia. Tudo bem que a governabilidade explique muita coisa. Mas, por outro lado, não pode desestimular tanto a luta da sociedade."Lei da AnistiaSegundo a deputada, ao contrário dos demais países do continente sul-americano, o Brasil infelizmente não conseguiu avançar da discussão sobre a anistia. "A anistia no Brasil não foi geral e irrestrita. Foi com os militares que a sociedade e os partidos tiveram que negociar a anistia. Essa lei não é uma lei que serve porque ela também anistia os torturadores."O governo, completou Erundina, não se empenhou para que esse debate da revisão, conduzido no Supremo Tribunal Federal, tivesse outro rumo. "Se tem um receio de desagradar a mídia que é uma coisa impressionante", criticou a ex-prefeita de São Paulo.

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