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Enéas e Havanir acatam quebra de sigilo

Para o presidente do Prona, as acusações de venda de candidaturas da legenda não passam de "perseguição política"

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Prona e deputado federal, Enéas Carneiro, e a deputada estadual pelo partido, Havanir Nimtz, não vão recorrer contra o decreto de quebra de sigilo bancário e fiscal dos parlamentares, acatando a decisão do desembargador-corregedor Álvaro Lazzarini, da Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. Em entrevista coletiva na tarde deste sábado, Enéas disse que consultou o departamento jurídico do Prona e que, neste momento, o mais importante "é que seja respeitado o desejo do desembargador, mas as contas devem ser abertas e o sigilo fiscal, quebrado, para que a verdade venha à tona", disse. Acusados de vender candidaturas do partido nas eleições do ano passado, os parlamentares acreditam que somente com a quebra do sigilo fiscal e bancários será possível provar que tudo não passa de "perseguição política". "Cometemos um crime que foi ter a maior votação da história do País", disse. Nas últimas eleições o deputado federal Enéas foi o mais votado da Câmara, com 1,57 milhão de votos, enquanto que a deputada Havanir foi a que recebeu mais votos na Assembléia Legislativa de São Paulo. Sobre a existência de gravações que comprovariam as acusações ou mesmo de microfilmes de cheques referentes à venda das cartilhas que teriam sido depositados em conta da deputada Havanir Nimtz, Enéas disse que esse caso já está na Justiça. As cartilhas, produzidas pela Livraria e Editora Enéas Carneiro Ltda., de propriedade do parlamentar, seriam vendidas para levantar recursos para o partido. "Não devo satisfações a ninguém a não ser para o fisco", desconversou. Havanir acrescentou que de fato a fita está sob análise judicial e disse acreditar que a cópia foi editada, mas não comentou por quem. "Tenho certeza que foi editada. Tenho a original e posso provar. Isso já está na Justiça", disse. Perguntada porque a cópia não fora apresentada à imprensa, Havanir disse que não houve interesse por parte do partido. "Se houver, será feita", acrescentou.

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