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Em nota, Gleisi diz que solicitou varredura da Polícia Legislativa

Senadora diz que, após prisão de seu marido, pediu ao Senado para que agentes fizessem verificação em suas residências de Brasília e Curitiba; segundo ela, esse serviço é regular e foi formalizado

Por Isabela Bonfim
Atualização:

BRASÍLIA - A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) publicou nota em que admite que pediu à Polícia Legislativa do Senado Federal que fizesse verificação e varredura nas suas residências em Brasília e Curitiba, mas nega obstrução à Justiça.

Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardes Foto: André Dusek|Estadão

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“Logo após a operação de busca e apreensão realizada em minha casa em Brasília e em Curitiba, com a prisão de meu marido Paulo Bernardo, solicitei ao Senado que a Polícia Legislativa, dentro de suas atribuições legais, fizesse uma verificação e uma varredura eletrônica nas residências. Fiz o pedido formalmente. Tem processo no Senado com autorização formal para isso", escreveu a senadora.

Ela argumenta que esse serviço da Polícia Legislativa é regular e existe "há muito tempo". "Temos todo processo de pedido formalizado. Tudo dentro das normas do Senado. Fazer isso não configura obstrução alguma. Apenas queria ter informação de segurança sobre minha residência", alega. Gleisi também informou que, como nada foi encontrado nas residências, nenhuma providência ou comunicado foi feito ao Ministério Público Federal. 

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira, 21, a Operação Métis para desarticular associação criminosa armada responsável por embaraçar a Operação Lava Jato e outras investigações da PF. A ação tem o apoio do Ministério Público Federal e mira servidores da Polícia Legislativa do Senado. Quatro policiais legislativos foram presos temporariamente, incluindo o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho. Ele e os subordinados foram pegos em ações de contrainteligência para ajudar senadores que estão sendo investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

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