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Em meio à busca por nome de ministro, Temer recebe Alexandre de Moraes no Planalto

Perfil desejado pelo governo para assumir a pasta é alguém reconhecido e com interlocução política com governadores e com o Congresso, diz Torquato Jardim

Por Carla Araujo
Atualização:

BRASÍLIA - O presidente Michel Temer vai receber na noite desta segunda-feira, 19, no Palácio do Planalto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que foi indicado à Suprema Corte pelo presidente. O encontro acontece no momento em que o presidente busca um nome para ficar com o comando da pasta da Secretaria de Segurança, que pretende criar em breve via medida provisória.

Ex-ministro da Justiça do governo Temer, Moraes era um dos responsáveis pelo Plano Nacional de Segurança Foto: AP Photo/Eraldo Peres

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Ex-ministro da Justiça do governo Temer, Moraes era um dos responsáveis pelo Plano Nacional de Segurança e foi em sua gestão que a pasta mudou de nome - de Ministério da Justiça e Cidadania para Ministério da Justiça e Segurança Pública. Na época, há pouco mais de um ano, Moraes afirmou que a mudança tinha como objetivo reforçar o então recém-lançado Plano Nacional de Segurança Pública, além de consolidar a nova missão da pasta de atuar como autoridade nacional para o tema. "A ideia foi priorizar o combate à criminalidade e deixar claro que a autoridade de segurança do governo federal é o ministro da Justiça", disse Moraes na ocasião. 

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A conversa do presidente com o ministro do STF foi incluída na agenda oficial na tarde desta segunda. Segundo interlocutores do presidente, o nome para a Segurança ainda está sendo procurado. No domingo, 18, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou que o perfil desejado pelo governo é alguém reconhecido e com interlocução política com governadores e com o Congresso. "Criar o Ministério da Segurança Pública não é colocar no colo da União os problemas que são dos Estados", salientou.

O ministro da Justiça disse não se sentir desconfortável com a criação da pasta de Segurança, disse que seu Ministério continuará com atribuições importantes e que acredita que em até 10 dias a pasta possa ser dividida. "Estamos concluindo os documentos necessários para a divisão de tarefas", afirmou. 

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