Em cerimônia, Dilma diz que governo busca 'Estado mais eficiente e focado'

Ao dar posse aos novos ministros, presidente avaliou que é um desejo de todos um Estado mais preparado para realizar o reequilíbrio fiscal 'imprescindível para a retomada do crescimento econômico'

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Foto do author Eduardo Rodrigues
Foto do author Lorenna Rodrigues
Por Eduardo Rodrigues , Carla Araujo , Lorenna Rodrigues (Broadcast) e Bernardo Caram
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Brasília - A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira, 5, durante cerimônia de posse de dez ministros que as mudanças no comando dos ministérios são parte importante da reforma administrativa anunciada na última sexta-feira. "Agradeço ministros que deixam o meu governo. Foi uma honra para mim tê-los na minha equipe", agradeceu Dilma. A presidente citou as medidas de reforma administrativa anunciadas na última sexta-feira e destacou a redução nos salários do primeiro escalão do governo. "Nós demos nossa contribuição com o corte de nossos salários", afirmou.

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A presidente elencou ainda que a reforma prevê a revisão de contratos e aprimoramento do uso do patrimônio da União. "Trata-se de um amplo conjunto de ações que iniciam agora, mas que terão desdobramentos. Procuramos atender a exigência justa por um Estado mais eficiente, focado e capacitado para garantir parcimônia em seus gastos", afirmou. "As mudanças também buscam garantir mais equilíbrio à coalização que me elegeu e que deve governar comigo", completou.

Para Dilma, governar é um ato de rever continuamente a estrutura do Estado para que possa atender às necessidades da população. "Por isso criamos a Comissão Permanente de Reforma do Estado, que irá trabalhar de forma sistemática para manter estrutura do Estado sempre mais eficiente", garantiu, lembrando que a comissão será formada pelos ministros do Planejamento, Fazenda e Casa Civil, além de convidados de fora do governo.

A presidente avaliou que é um desejo de todos um Estado mais preparado para realizar o reequilíbrio fiscal "imprescindível para a retomada do crescimento econômico". "Estamos todos empenhados no reequilíbrio das contas públicas, no combate à inflação e na recuperação da confiança dos investidores na nossa economia", acrescentou.

Dilma disse que o País passa por uma travessia que requer intenso trabalho ministerial para conciliar equilíbrio fiscal e a manutenção de programas e políticas sociais. "Apesar da redução das despesas em 2015, já criamos 906 mil vagas em universidades, abrimos 1,3 milhão de vagas no Pronatec, entregaremos 360 mil casas do Minha Casa Minha Vida, contratamos mais 4 mil médicos para o Mais Médicos. Além disso, o Bolsa Família não sofreu redução e pagamos todos os benefícios sociais em dia", elencou.

Ao iniciar o seu discurso, Dilma corrigiu duas vezes o cerimonial da Presidência, que havia nomeado o novo ministério como da Igualdade Racial, Mulheres e Direitos Humanos. "É Mulheres primeiro. Eles insistem em escrever errado, mas o ministério é das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos", enfatizou.

Foram empossados Jaques Wagner (Casa Civil); Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo); Aldo Rebelo (Defesa); Aloizio Mercadante (Educação); Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência Social); Marcelo Castro (Saúde), Helder Barbalho (Portos); Celso Pansera (Ciência, Tecnologia e Inovação); André Figueiredo (Comunicações); e Nilma Lino (Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos). Ainda foi nomeado Marcos Antonio Amaro dos Santos para exercer o cargo de chefe da Casa Militar da Presidência da República.

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