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Eduardo Braga e Helder Barbalho deixam ministérios

Titulares das pastas de Minas e Energia e dos Portos devem entregar cartas de demissão nesta quarta; Braga diz que Dilma já aceitou seu pedido

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Foto do author Eduardo Rodrigues
Por Eduardo Rodrigues e Erich Decat
Atualização:
O ministro de Minas e Energia,Eduardo Braga Foto: Ueslei Marcelino|Reuters

BRASÍLIA - Três dias após a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment ser aprovada na Câmara, os ministros Eduardo Braga (PMDB-AM),de Minas e Energia, e Helder Barbalho (PMDB-PA), dos Portos, devem entregam seus cargos nesta quarta-feira, 20.

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Braga deve entregar uma carta ainda nesta quarta à Presidência, mas, segundo ele, Dilma já teria aceitado a sua demissão. "Foi uma iniciativa minha. Ela insistiu bastante pela permanência", disse ao Estado.

"Acabei de conversar com Dilma e avaliamos que é hora de entregar o ministério. Fizemos um balanço e chegamos à conclusão de que vencemos os desafios aqui", afirmou. "Ainda há outros desafios a serem vencidos no setor elétrico, há desafios como a sobrecontratação de eletricidade, a energia livre de Belo Monte e as questões da Eletrobras", completou.

Para Braga, ele ajudaria mais o Brasil dando espaço para que um técnico assuma agora a pasta. "Estou precisando ir para casa resolver questões pessoais, entreguei o cargo, estou saindo da conversa", respondeu. "Saio com a sensação de que fizemos muito após chegarmos aqui em crise hidrológica. Tivemos crise de fornecimento de energia e crise de tarifas. Vivemos momento dramático e vencemos as dificuldades", acrescentou.

Agora demissionário, Braga disse esperar que o ministério mantenha uma linha de diálogo para encontrar soluções para o setor elétrico. "Estamos tratando de poder dar oportunidade para os programas do setor continuarem. Estarei no Senado trabalhando para que setor seja alavanca para desenvolvimento e não um problema para o crescimento do País", avaliou.

Sobre a sucessão no Ministério de Minas e Energia, Braga disse que há técnicos preparados para assumir a sua cadeira no próprio ministério, para além do atual secretário-executivo da pasta, Luiz Eduardo Barata. "Acho que Dilma vai tomar decisões, e dei a minha sugestão do que eu achava que deveria ser. Sugeri que Dilma aproveite Barata (Luiz Eduardo, secretário-executivo) talvez em outra posição", completou. 

Barbalho. Barbalho também entregará o pedido de exoneração do cargo à presidente Dilma Rousseff na tarde desta quarta-feira. Em conversa com o Estado o ministro informou que apenas aguarda ser convocado pelo Palácio do Planalto para formalizar a decisão. “Ainda não estive com ela. Estou aguardando o meu horário. A previsão é essa”.

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Questionado sobre o motivo para deixar o posto, Barbalho afirmou: “Acho que cumpri minha missão. Mas só vou falar depois que estiver com ela. Não posso ser desleal”.

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