PUBLICIDADE

Doria defende saída de presidente licenciado e eleição de Executiva

Prefeito passa a pedir abertamente escolha de substituto para senador Aécio Neves no comando nacional do PSDB

PUBLICIDADE

Foto do author Pedro  Venceslau
Por Pedro Venceslau
Atualização:

Aliado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o prefeito João Doria passou a defender abertamente a antecipação da renovação de toda a Executiva do PSDB ainda neste ano e a realização de uma convenção partidária para eleger o substituto do senador Aécio Neves (MG) no comando nacional da sigla.

“Respeito o senador Aécio Neves, mas seria bom para o PSDB promover eleição para uma nova Executiva nacional para concluir esse mandato que se encerra em maio”, disse Doria ao Estado. O mandato da atual direção da legenda terminaria em maio, mas foi prorrogado por mais um ano por Aécio por meio de uma resolução de 15 de dezembro de 2016.

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) Foto: WILTON JÚNIOR/ESTADÃO

PUBLICIDADE

Na ocasião, aliados de Alckmin se colocaram contra a medida. O governador também defende a interrupção da prorrogação e a antecipação da convenção nacional para o segundo semestre. 

A avaliação no Palácio dos Bandeirantes é de que o PSDB não pode esperar até quase metade de 2018, ano de eleições, para definir sua nova cúpula e o candidato à Presidência. Isolado da máquina partidária na gestão de Aécio, Alckmin ganhou projeção desde que o senador Tasso Jereissati (CE) assumiu a legenda interinamente em maio, quando o tucano mineiro se licenciou após a divulgação da gravação em que pede R$ 2 milhões a Joesley Batista, da JBS.

A estratégia dos “alckmistas” agora é mudar a configuração da Executiva para ampliar a influência do governador e assegurar sua candidatura à Presidência. Na próxima reunião do colegiado, que deve ocorrer nesta semana, o secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP), dirá que a atual Executiva representa o resultado das eleições de 2014, sem levar em conta cenários posteriores, como as eleições de 2016 e a crise política. “Governadores e prefeitos precisam estar representados formalmente na Executiva”, disse Torres.