RIO - A defesa de Jonas Suassuna, um dos donos do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que é frequentado pelo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua família, encaminhou nesta segunda-feira, 15, à força-tarefa da Operação Lava Jato uma petição para que o empresário seja ouvido o mais cedo possível. Também tornou disponíveis os sigilos bancário e telefônico de Suassuna, a partir da data que os investigadores julgarem conveniente.
A Lava Jato investiga obras na propriedade que teriam sido feitas por empreiteiras como Odebrecht e OAS e apura se as benfeitorias foram alguma forma de compensação das empresas por contratos firmados com o governo. A ligação do ex-presidente com o sítio, que também tem como proprietário formal o empresário Fernando Bittar, também é investigada.
Suassuna e Bittar são sócios de um dos filhos do ex-presidente, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. "Nos antecipamos porque tivemos notícia pela imprensa de que o inquérito foi desmembrado (para uma investigação específica sobre o sítio). Como algumas informações estão distorcidas, Jonas Suassuna tem interesse em prestar todos os esclarecimentos à força-tarefa", afirmou o advogado do empresário, Ary Bergher.