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Dirceu, Delúbio e Valdemar são transferidos para o CPP

Mudança atende decisão judicial, após o STF autorizar trabalho fora da prisão, ex-ministro da Casa Civil começa a trabalhar nesta quinta

Por Mariângela Gallucci
Atualização:
No CPP, Dirceu conversa com mulher que levou um paletó ao ex-ministro Foto: Ed Ferreira/Estadão

Atualizado às 19h47 - Brasília - A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal confirmou na tarde desta quarta-feira, 2, que já foram transferidos para o Centro de Progressão Penitenciária (CPP) o ex-ministro José Dirceu, o ex-deputado Valdemar Costa Neto e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. A transferência ocorreu por volta das 14 horas.

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Os três cumpriam pena no complexo penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, por envolvimento com o mensalão, e foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A transferência ocorreu porque eles foram autorizados a trabalhar fora da cadeia. Os presos na Papuda não podem exercer trabalho externo, direito autorizado no CPP.

Dirceu, condenado a 7 anos e 11 meses de prisão no processo do mensalão, vai começar nesta quinta-feira, 3, a trabalhar no escritório do advogado José Gerardo Grossi onde receberá um salário mensal de R$ 2,1 mil. De acordo com Grossi, Dirceu trabalhará no escritório das 9 horas às 18 horas.

O presidente do STF, Joaquim Barbosa, havia recusado um pedido de Dirceu para trabalhar nesse escritório. Para Barbosa - que participou nesta terça-feira de sua última sessão na Corte antes da aposentadoria -, a oferta de trabalho seria, na verdade, uma arranjo entre amigos.

Na semana passada, entretanto, o plenário do STF derrubou tal decisão e autorizou Dirceu a trabalhar no escritório de Grossi. Dentre os clientes atendidos pelo escritório de advocacia estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-deputado federal e réu no mensalão mineiro, Eduardo Azeredo, do PSDB.

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