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Dilma vê uso eleitoral da oscilação natural da economia

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Por Gabriela Lara
Atualização:

A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta sexta-feira, 22, na capital gaúcha que o Brasil não vive uma trajetória de degradação do emprego e que existe uso eleitoral dos processos naturais de flutuação da economia. "Agora uma coisa interessante é que quando é para cima, ninguém anuncia muito, não. Quando a inflação começou a cair, eu não vi na primeira página do jornal", disse.Dilma afirmou que o Brasil ainda sofre as consequências da crise econômica internacional, mas disse que elas não recaíram nem sobre o emprego nem sobre os salários. Ela lembrou que, em sua gestão, foram criados 5,4 milhões de postos de trabalho e criticou "eles", da oposição, que, de acordo com a presidente, defendem o combate à crise por meio do "tarifaço", da elevação de impostos, do aumento do desemprego e do arrocho salarial. "Nós não enfrentamos a crise pelo método tradicional", disse.Respondendo à pergunta de um jornalista, a candidata à reeleição também afirmou que não acabará com o fator previdenciário em um possível segundo mandato e que, por enquanto, não avaliou a questão. Segundo ela, qualquer mudança nesse sentido tem que levar em conta o envelhecimento da população brasileira."Acho que quem diz que vai acabar com o fator previdenciário tem que explicar como é que paga. Todo mundo, para ser presidente da República, tem a obrigação de explicar para a população que não está fazendo demagogia. Se acabar (com fator previdenciário), como é que paga, como fica a conta pública", afirmou. "O que é impossível é você falar ''vou reduzir a meta de inflação'' e não explicar o que faz com os programas sociais. Porque alguém que fala para você que vai reduzir a meta da inflação, no dia seguinte tem que cortar programa social. A equação simplesmente não fecha."À noite, Dilma participa de comício do PT na capital gaúcha. Ela dorme na cidade e, neste sábado, 23, cumpre agenda de campanha no Rio Grande do Sul.

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