PUBLICIDADE

Dilma liga para cumprimentar Cunha pela eleição na Câmara

Presidente telefonou para desafeto do Planalto um dia após peemedebista impor derrota ao governo no Legislativo

PUBLICIDADE

Por Daniel de Carvalho
Atualização:

Brasília - A presidente Dilma Rousseff só telefonou para o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na manhã desta segunda-feira, 2, para parabenizá-lo pela vitória na noite de domingo, 1º. Cunha disse que a presidente foi "gentil" e o parabenizou. Dilma também demonstrou disponibilidade para conversar com Cunha, embora eles não tenham marcado uma data para encontro. A presidente não compareceu à cerimônia de abertura do ano legislativo nesta segunda. O ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais), um dos cabos eleitorais do candidato governista derrotado ontem, Arlindo Chinaglia (PT-SP), também telefonou para Cunha, mas o presidente não pôde atender e ficou de retornar em outro momento. Desafeto do governo federal e da presidente Dilma, Cunha liderou uma rebelião de partidos da base aliada na Câmara no início do ano passado e se lançou candidato à presidência da Casa defendendo "independência" do Legislativo e que o Congresso não se tornasse um "puxadinho" do Planalto.

Dilma também demonstrou disponibilidade para conversar com Cunha, embora eles não tenham marcado uma data para encontro.​ Foto: Reuters

Quando ministros começaram a pedir votos para Chinaglia, Cunha alertou para o risco de "sequelas" devido à interferência do governo na eleição. Nesse domingo, depois de eleito, ele minimizou a ameaça. Com 267 votos, ele derrotou o candidato oficial do Palácio do Planalto, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que recebeu 136 votos, 44 a menos do que a soma dos deputados que compunham o bloco que o apoiou.  Júlio Delgado (PSB-MG), candidato da oposição, teve 100 votos e Chico Alencar (PSOL-RJ), 8 votos. Houve dois votos em branco. Cunha vai suceder a Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Com a reeleição de Renan Calheiros (PMDB-AL) para a presidência do Senado, o PMDB manteve os dois postos de comando no Congresso.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.