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Dilma: 'Essa história de impeachment não cabe no Brasil desta década'

Presidente tomou café da manhã com jornalistas nesta segunda

Por Rafael Moraes Moura e Lisandra Paraguassu
Atualização:

 

Após o resultado das eleições presidenciais de outubro, milhares de manifestantes foram às ruas das maiores cidades brasileiras pedir o impeachment da presidente. Foto: Reuters

Brasília - Sob ataque da oposição, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse nesta segunda-feira, 22, que não cabe no Brasil desta década um impeachment de presidente da República. "Acho que tem de saber perder, essa história de querer provocar impeachment a cada virada do ponteiro, do relógio, é um pouco ultrapassada, eu diria. É ultrapassado porque cabia no Brasil dos anos 1980, dos anos 1990, não cabe no Brasil desta década", comentou Dilma durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.

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Após o resultado das eleições presidenciais de outubro, milhares de manifestantes foram às ruas das maiores cidades brasileiras pedir o impeachment da presidente. O PSDB entrou na semana passada com ação de investigação judicial para tentar cassar o registro de candidatura de Dilma.

"Uma campanha eleitoral num regime democrático não é uma guerra, não tem vencido. Tem quem vai ser governo, quem vai ser oposição. É isso que tem. E daí a quatro anos, muda ou se mantém. É isso que é uma campanha eleitoral. Quem ganha tem um desafio, tem de governar para todos, não pode ser mesquinho, se apequenar", disse Dilma.

A presidente destacou a relação mantida com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que também foi reeleito. "O Alckmin é o governador de São Paulo, foi eleito pelos eleitores paulistas, é governador de todos os paulistas, então eu tenho de tratar ele assim."

No dia 4 de dezembro, Alckmin participou no Palácio do Planalto de solenidade, ao lado da presidente, de assinatura de contratos de infraestrutura urbana. Na ocasião, assinou um contrato que garantirá o financiamento de R$ 2,6 bilhões às obras do Sistema Produtor São Lourenço.

Na última quinta-feira (18), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, descartou durante a cerimônia de diplomação de Dilma a possibilidade de que qualquer ação na Justiça seja capaz de impedir o exercício do próximo mandato pela petista. 

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