Dilma diz que quer convocar plebiscito para reforma política

PUBLICIDADE

Por CARLA ARAÚJO E VALMAR HUPSEL
Atualização:

Após empatar nas pesquisas com Marina Silva (PSB), a presidente e candidata à reeleição, Dilma Roussef (PT), afirmou nesta terça-feira, 2, que 90 entidades, incluindo movimentos sociais, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e centrais sindicais, estão se mobilizando para que até o dia 7 de setembro apresentem um projeto para reforma política.

Dilma assegurou ainda que pretende convocar um plebiscito para tratar da questão, assim como prometeu após as manifestações de junho do ano passado. "A participação popular é fundamental. Sem ela não será possível fazer reforma política", disse durante entrevista coletiva, em São Bernardo, no ABC paulista, onde fará uma caminhada. Dilma disse que o Brasil precisa de "uma reforma política ampla e democrática, por meio de uma consulta popular", para que o País assegure os interesses na população do povo brasileira. Dilma disse ainda que é preciso de um processo democrático que garanta governabilidade. "Não acredito de jeito nenhum que a vontade de uma pessoa mude as estruturas políticas", afirmou. Ela também evitou comentar se sua postura favorável a criminalização da homofobia teria cunho eleitoral, após recuo do programa de sua adversária Marina Silva (PSB). "Não há porque o Brasil não ter (projeto de criminalização). Não tem nada a ver com a questão religiosa" disse. Segundo Dilma, é preciso reprimir e criminalizar qualquer ato que não seja civilizado. "Não está relacionada a crença religiosa ou opção partidária. É uma questão que eu acredito que seja do estado. Não é uma questão de governo", reforçou. A presidente afirmou ainda que não se pode construir "uma das maiores democracias do mundo" sem respeitar direitos humanos e civis. "Como não existe no mundo democracia sem partido político", afirmou.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.