Dilma compara 'pedaladas' ao uso de cinto de segurança

Presidente argumentou que, assim como não usar o equipamento de segurança, o atraso no pagamento a bancos públicos não pode ser considerado erro até que haja previsão legal

PUBLICIDADE

Por Daiene Cardoso , Rachel Gamarski , Carla Araujo , Tania Monteiro e Isadora Peron
Atualização:

Brasília - Em entrevista nesta manhã, a presidente Dilma Rousseff não reconheceu que o governo tenha cometido erro com as chamadas "pedaladas fiscais". A presidente comparou a situação vivida no ano passado ao período em que os brasileiros não tinham a obrigatoriedade, por lei, de usar cinto de segurança.

PresidenteDilma Rousseff durante café da manhã com jornalistas-setoristas do Palácio do Planalto Foto: Ichiro Guerra

PUBLICIDADE

"Nós não reconhecemos o erro porque, quando o cinto de segurança não era previsto na legislação, os 200 milhões de brasileiros não estavam cometendo nenhum equívoco. Simplesmente a legislação não previa. A mesma coisa aconteceu com o governo. A legislação não previa e como o Tribunal começou a prever, não queremos entrar nesse tipo de disputa, então pagamos", explicou.

Dilma destacou que o governo pagou "tudo" o que o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que era devido às instituições de crédito, entre eles BNDES, Caixa e FGTS. "O governo pagou isso não porque reconheça qualquer erro na questão da forma pela qual nós estávamos atuando", enfatizou.

Ouça a entrevista completa aqui

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.