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Dilma e ministros se reúnem com deputados da base aliada para acertar pacote fiscal

Parlamentares apresentarão propostas relativas ao ajuste; a presidente, por sua vez, deve trazer respostas às pressões feitas por eles na última reunião último

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Por Gabriela Lara e Daniel de Carvalho
Atualização:

BRASÍLIA - A presidente da República, Dilma Rousseff, está reunida no Palácio do Planalto com lideranças da base aliada na Câmara, dando continuidade aos encontros que têm feito para conseguir apoio ao pacote de ajuste fiscal anunciado no início desta semana. Estão presentes os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e das Comunicações, Ricardo Berzoini. A assessoria de imprensa da Presidência ainda não divulgou a lista com os nomes de todos os participantes.

Representantes da base aliada com a presidente Dilma, na terça-feira, 15/09 Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Desta vez, o encontro de Dilma com parlamentares não conta com a participação dos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento), que serão ouvidos no mesmo horário em audiência da Comissão Mista de Orçamento (CMO), no Congresso.

Na reunião, líderes levarão sugestões à presidente relativas ao pacote fiscal. A presidente, por sua vez, deve trazer respostas a pressões feitas pelos parlamentares no encontro da última terça-feira, 15, quando ela se reuniu tanto com deputados quanto com senadores em eventos tensos, onde chegou até mesmo a haver bate-boca. A principal queixa dos congressistas é quanto ao engessamento da aplicação das emendas parlamentares proposto pelo governo. O Planalto quer destinar a Saúde e obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) o dinheiro que os parlamentares usam para irrigar suas bases eleitorais.

O líder do PSD, Rogério Rosso (DF), que chegou a discutir com Levy no encontro de terça, levou à reunião um documento com 11 sugestões. As propostas também serão entregue a Levy, na Câmara.

Dentre as ações, estão o estímulo à integração das cadeias de valor indústria-comércio-serviços com foco na competitividade, promoção da integração de programas de desenvolvimento industrial já existentes e entidades, maximização e integração de políticas de investimentos e políticas públicas, simplificação da arrecadação de tributos, desoneração de novos investimentos, fortalecimento de parcerias público-privadas (PPP), entre outras. 

Na última quarta-feira, 16, um grupo de governadores de partidos da base aliada esteve em Brasília e confirmou que vai negociar com o Congresso o projeto de volta da CPMF com alíquota de 0,38%, o que garantiria que a arrecadação fosse compartilhada com Estados e municípios. Ao conversar com parlamentares, os governadores escutaram que há resistência com relação à recriação do imposto. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também reiterou que é contra a CPMF, mas disse que não vai atrapalhar se a proposta for para votação. 

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