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Dificuldades políticas serão superadas 'com capacidade de diálogo com o Congresso', diz Edinho

O ministro da Secretaria de Comunicação Social admitiu que Planalto enfrenta crise e afirmou que Dilma se reunirá com líderes na semana que vem para discutir pauta do Congresso

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BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, admitiu nesta sexta-feira, 27, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, as dificuldades políticas enfrentadas pelo governo - uma referência à turbulenta semana na qual o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), foi preso e a sessão que aprovaria a revisão da meta fiscal foi adiada, mas disse esperar que os entraves serão superados "com capacidade de diálogo com o Congresso".

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva Foto: Andre Dusek/Estadão

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A nova crise política obrigou a presidente Dilma Rousseff a adiar a viagem que faria ao Vietnã e ao Japão, a partir de terça-feira, 1º, e ainda a anunciar um contingenciamento extraordinário de R$ 10 bilhões no Orçamento da União para evitar o descumprimento da atual meta fiscal, que prevê um superávit de 1,1% do Produto Interno Bruto (PT).

Segundo Edinho, Dilma presidirá pessoalmente, ainda na terça-feira, a reunião com lideranças para tratar da pauta no Congresso, cuja sessão está marcada para o mesmo dia, às 19 horas. "Temos confiança que o Congresso Nacional vai colocar interesses acima do Brasil e que as medidas serão aprovadas", afirmou. De acordo com o ministro, o governo consulta várias lideranças aliadas no Senado para escolher o novo líder no Senado, o que deve ocorrer até a próxima semana. No entanto, para a sessão de terça-feira, o senador José Guimarães (PT-CE), líder do governo do Congresso, encaminhará as votações e articulações.

Delcídio. Segundo Edinho, a prisão de Delcídio surpreendeu o governo. O ministro, no entanto, defendeu a parcimônia nas investigações. "Todos fomos surpreendidos. Mas, como sempre, fatos têm de ser apurados. Vamos aguardar esses fatos, apoiar medidas investigativas e respeitar os contraditórios", disse Edinho.

Ele ressaltou ainda que a presidente Dilma Rousseff não comentou sobre a prisão do senador com assessores.

Impeachment.O ministro minimizou a possibilidade de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), encaminhar, na próxima semana, a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Segundo o ministro, "a questão do impeachment não é política, é legal" e não há, para ele, fatos jurídicos que justifiquem o processo contra a presidente.

"É preciso fato jurídico, o que não é o caso. Acreditamos na força da legislação", afirmou o ministro. 

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