Desembargador nega liberdade para ex-primeira-dama do Rio

Defesa de Adriana Ancelmo havia entrado com habeas corpus no TRF-2; ela foi presa nesta terça-feira, 6

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Por Marcio Dolzan
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RIO - Presa desde esta terça-feira, 6, no Complexo de Gericinó por decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, a ex-primeira-dama do Estado Adriana Ancelmo teve seu primeiro pedido de habeas corpus negado pela Justiça. 

A advogada Adriana Ancelmo e o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) Foto: Vera Donato/Estadão

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O desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2), considerou que um dos crimes aos quais Adriana é acusada, de formação de quadrilha, torna necessária sua manutenção em prisão preventiva, sob o risco de atrapalhar as investigações.

No pedido, os advogados da ex-primeira-dama, investigada na Operação Calicute, alegaram que ela permaneceu no País, não tentou se esconder nem influenciou funcionários ou testemunhas ouvidas pela Polícia Federal – o que não representaria risco às apurações.

O habeas corpus também solicitava que Adriana passasse para o regime de prisão domiciliar, pois é mãe de filhos de 10 e 14 anos com o ex-governador Sérgio Cabral, também preso. O juiz não concordou com os argumentos da defesa. Nesta quinta-feira, 8, Adriana recebeu a visita dos advogados. Ela ocupa uma cela no Presídio Joaquim Ferreira.

‘Lourdinha’. De acordo com as investigações, Adriana adquiriu joias para lavar dinheiro originário de suposto esquema de corrupção alimentado durante a gestão de seu marido como governador. Ela era cadastrada na joalheria Antonio Bernardo pelo codinome “Lourdinha”. Na visão da procuradoria, o apelido teria o “propósito de furtar-se à atuação dos órgãos de controle e de repressão penal”.

“Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo adquiriram 189 joias desde o ano 2000, apenas 40 peças foram apreendidas pela Polícia Federal (...) ambos ainda ocultam tais ativos”, diz o Ministério Público.

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