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Deputados petistas falam em 'perplexidade', 'apreensão' e 'indignação' após prisão de Delcídio

Na avaliação dos parlamentares, não houve flagrante e o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu um precedente 'perigoso'

Por Daiene Cardoso
Atualização:
O banqueiro André Esteves e o senador Delcídio Amaral Foto: Estadão

Brasília - Petistas da Câmara dos Deputados foram surpreendidos nesta manhã com a prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). Ao chegar na liderança da bancada na Casa, eles falavam em "perplexidade", "apreensão" e "indignação". Na avaliação dos parlamentares, não houve flagrante e o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu um precedente "perigoso". "É um clima de apreensão. É a primeira vez na República que acontece um fato como este", afirmou o deputado Afonso Florence (PT-BA). 

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Um dos que passou pela liderança do governo foi o deputado e advogado Wadih Damous (RJ). "É um cenário preocupante e de violação da ordem jurídica. Está se produzindo uma situação de insegurança jurídica no País", avaliou o parlamentar. Para ele, a prisão de Delcídio é "aparentemente inconstitucional" e, com a medida, o STF acabou criando uma nova modalidade de flagrante, classificado por ele de "flagrante permanente". 

Ainda de acordo com o deputado, o episódio é "politicamente" gravíssimo e Delcídio deve ficar no mínimo uns dois dias preso. "Imagina daqui para a frente o que os juízes de primeiro grau vão fazer", previu o deputado. De acordo com Damous, se esse tipo de prisão acontece com "um poderoso, imagina com o cidadão comum". 

A preocupação dos parlamentares é com a votação das medidas econômicas do governo previstas em pauta na sessão do Congresso Nacional marcada prevista para hoje. "Tendo clima ou não, se der quórum, vai ter que votar", afirmou o deputado Damous. "Entendo que tem que votar", concordou o deputado Florence.

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