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Deputados do PR pedem o impeachment de Dilma no plenário da Câmara

Integrantes da base do governo, quatro dos cinco reprentantes da sigla discursaram contra presidente; só lider defendeu o governo

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Por Daiene Cardoso
Atualização:

BRASÍLIA - Apesar de integrar a base governista, quatro dos cinco deputados do PR que discursaram nesta tarde no plenário da Câmara defenderam o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Da bancada, hoje 26 deputados afirmam que votarão pelo impeachment e só 13 apoiarão a presidente da República.

Sessão para discussão do processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados Foto: DIDA SAMPAIO|ESTADÃO

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O primeiro a se pronunciar foi o ex-líder da bancada, Maurício Quintella Lessa (AL), que deixou de votar na comissão especial porque seu voto contrariava a orientação da direção do partido. Quintella ressaltou que, apesar de existir uma aliança de 14 anos com o PT, a sigla não tem um "vínculo inquebrantável" com o governo e que ele considera que Dilma cometeu crime de responsabilidade. "A presidente dividiu o povo brasileiro", finalizou.

Na sequência, os três parlamentares que discursaram disseram que o PT "perdeu sua essência, sua identidade". "Dilma negocia cargos para se perpetuar no poder", acusou Cabo Sabino (CE), que apelou para que os indecisos não desperdicem seus votos.

Citando a crise econômica, o deputado Bilac Pinto (MG) defendeu que o momento é de se passar o País a limpo. "Golpe é tentar esconder a real situação do País", declarou o parlamentar, se referindo à campanha presidencial de 2014.

Já o deputado Laerte Bessa (DF) disse que no partido pelo menos 75% dos deputados votarão pelo impeachment, acusou a petista de ser "desonesta" por cometer "crime de estelionato eleitoral" e defendeu abertamente que o vice-presidente Michel Temer assuma o cargo por ser "uma pessoa de bem, honesta". "Michel Temer pode tirar o País da crise", discursou.

Coube ao atual líder, Aelton Freitas (MG), defender o governo. "A rua cheia não é motivo para afastamento de chefe de governo", declarou. O PR usou apenas 49 minutos da uma hora que tinha direito.

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