Deputado da tatuagem pede 'nude' durante votação

Wladimir Costa diz que mensagem era resposta a pedido para ver tatuagem no plenário

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Por Redação
Atualização:

O polêmico deputado federal Wladimir Costa (SD-PA), que ficou conhecido nesta semana por ter tatuado o nome do presidente no ombro direito, foi flagrado nesta quarta-feira, 2, durante a sessão de votação sobre a denúncia contra Michel Temer (PMDB), pedindo um "nude" de uma mulher por meio do WhatsApp. Segundo o parlamentar, a mensagem era uma resposta a um "pedido insistente" da moça para ver sua tatuagem no plenário.

'Mostra a tua bunda', diz Wladimir Costa a um contato, durante votação da denúncia Foto: Lula Marques

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"Ela me encheu o saco para eu mostrar a tal da tatuagem. Eu não preciso estar provando nada. Como posso tirar a camisa e correr o risco de crime de responsabilidade dentro do plenário?", disse o parlamentar. "Não estava pedindo para ela mostrar. A bunda mais bonita que conheço é a da minha esposa". 

Apesar da justificativa, o deputado fez questão de dizer que "incontestavelmente as mulheres brasileiras possuem os bumbuns mais lindos do planeta."

Na mensagem, o deputado escreveu, por volta das 17h27: "Mostra a tua bunda afinal não são suas profissões que a destacam como mulher é sua bunda. Vai lá põe aí garota". O registro de seu celular, feito pelo fotógrafo Lula Marques, é do momento em que os deputados ainda discutiam o parecer que pedia o arquivamento da acusação contra Temer.

Em outra mensagem, Wladimir diz ao mesmo contato: "Fátima Bernardes, Sonia Abrãao, Marilia Gabriela, Mariza Godói são elogiadas, respeitadas e até desejadas pelas suas capacidades técnicas e não por um par de bunda, já bastante banalizada por todo o Tapajos do decano sortinho preto que reveza com o vermelhinho já bastante desbotado pelos anos". 

'Fátima Bernardes, Sonia Abrãao, Marilia Gabriela, Mariza Godói são elogiadas, respeitadas e até desejadas pelas suas capacidades técnicas e não por um par de bunda', escreve Wladimir Costa Foto: Lula Marques

A moça rebate a mensagem do deputado. "Você poderia perder seu valioso tempo com coisas mais interessantes", diz. 

Nesta quarta-feira, Wlad voltou a causar alvoroço ao levar dois bonecos Pixuleco, uma referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao plenário. Um deles chegou a ser tomado pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que tentou destruí-lo com a boca. 

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A famosa tatuagem, porém, não foi mostrada no plenário. Na última segunda-feira, 31, o desenho em homenagem a Temer agitou as redes sociais com discussões sobre a permanência - ou não - da tatuagem. O parlamentar garante que sim, mas o Estado ouviu um tatuador que afirmou que o apoio foi feito a base de henna.

Vídeo. Defensor assumido de Temer, Wlad gravou um vídeo com o presidente após a votação na Câmara que barrou a denúncia por corrupção passiva contra o peemedebista nesta quarta-feira, 2. Nas redes sociais, o parlamentar chamou a data de "dia do fico".

"Presidente, vitória do povo brasileiro, maioria absoluta. Deus e Michel Temer, com sua biografia e história", começa Costa, ao se aproximar do presidente. 

Temer responde ao deputado chamando-o de "Wlad", apelido pelo qual o paraense gosta de ser chamado. "Foi, Wlad, uma vitória significativa, porque afinal foi mais da maioria absoluta da Câmara dos Deputados, o que revela a conexão, a junção muito grande do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, com o Poder Executivo", disse o presidente, após a vitória. 

"A Câmara dos Deputados fez o que deveria fazer, justiça. Eu estou muito grato à Câmara dos Deputados, grato aos brasileiros e brasileiras que na verdade nos apoiaram neste tempo, aqueles que compreenderam as dificuldades do país, que estamos superando as dificuldades do país", continuou Temer.

Assista ao vídeo:

O vídeo, explica o parlamentar, era feito no Palácio do Planalto e estavam presentes na comemoração da vitória do peemedebistas os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Fazenda, Henrique Meirelles, o advogado Antonio Mariz de Oliveira, além de outros deputados, assessores e ministros. 

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