Deputado da tatuagem é cotado para liderar bancada do SD na Câmara

Defensor da reforma da Previdência, Wladimir Costa se diz disposto a trabalhar por votos mesmo seu partido sendo contrário

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Por Daiene Cardoso
Atualização:

BRASÍLIA - O polêmico deputado Wladimir Costa (SD-PA) é cotado para assumir a liderança do Solidariedade na Câmara. Ferrenho defensor da reforma da Previdência, o parlamentar afirmou que está disposto a trabalhar para angariar votos para o governo, mesmo com o partido se opondo à proposta. A bancada vai se reunir depois do carnaval para escolher seu líder.

Deputado fez homenagem ao presidente Temer em seu braço Foto: Wladimir Costa/Divulgação

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Em acordo firmado no ano passado, quando o deputado Áureo (SD-RJ) foi apontado para a função, Costa se colocou como o próximo da lista para assumir a liderança. Há um acordo na legenda para que os parlamentares se revezem no cargo.

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"Já é um acordo pré-decidido, ninguém vai faltar com a palavra. Já é uma tradição nossa", disse Costa.

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O deputado paraense ficou conhecido na Casa por integrar a "tropa de choque" do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), cassado em 2016 e hoje preso. Embora tenha defendido o colega, votou contra ele no Conselho de Ética ao perceber que a derrota era certa. Costa também se notabilizou por sua apaixonada defesa do presidente Michel Temer (MDB) na Câmara, a ponto de fazer uma tatuagem temporária com o nome do presidente no braço.

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Costa admitiu o interesse em assumir a liderança da bancada mesmo sabendo que sua presença será mais exigida em Brasília, enquanto outros parlamentares deverão ficar mais próximos de suas bases eleitorais em busca da reeleição. O parlamentar disse, no entanto, que o fato de apoiar a reforma pode se um impeditivo para assumir a função.

"Se tiver de pagar o preço, desisto da liderança e sigo com o presidente", declarou.

No ano passado, Costa enfrentou duas representações no Conselho de Ética, mas os processos foram arquivados. Uma das ações dizia respeito a um suposto caso de assédio a uma jornalista, enquanto a outra apurou o fato dele ter distribuído material ofensivo pelo WhatsApp.

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