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Deputado da Rede diz que vai acionar comissão da Câmara contra chefe da PF

Alessandro Molon (RJ) afirma que vai apresentar pedido para que Fernando Segovia compareça à CCJ para esclarecer controvérsia sobre fim de inquérito contra Temer

Por Daiene Cardoso
Atualização:

BRASÍLIA - O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) afirmou nesta quarta-feira, 14, que vai apresentar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara um convite para que o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia, se explique ao colegiado sobre o fato de ter adiantado andamento de investigação da corporação. Se o chefe da PF não comparecer espontaneamente, Molon vai requerer a convocação do superior direto de Segovia, o ministro da Justiça, Torquato Jardim.

+++ Temer pede arquivamento de inquérito sobre Decreto dos Portos

O titular da PF também já está convocado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), na próxima segunda-feira, dia 19, a prestar esclarecimentos.

Alessandro Molon não pretender ser candidato a governador do Rio em 2018 Foto: Nilton Fukuda/Estadão

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Segovia comentou em entrevista à agência internacional de notícias Reuters que as investigações não encontraram provas de irregularidades envolvendo o presidente Michel Temer no chamado Decreto dos Portos. Na entrevista, ele indica que a corporação vai recomendar o arquivamento do inquérito aberto contra o emedebista no STF.

+++ Raquel contraria Temer e pede sequência de inquérito do Decreto dos Portos Molon disse que as declarações de Segovia causaram indignação em todos que querem ver investigados os indícios de crimes supostamente praticados por Temer e quer "que ele se explique ou se retrate dos absurdos que disse". "Caso o chefe da PF não atenda ao nosso requerimento, nós convocaremos o seu superior hierárquico, o ministro da Justiça, cuja eventual ausência consistirá em crime de responsabilidade. Por tudo isso, sinceramente acredito que o chefe da Polícia Federal preferirá comparecer e tentar desfazer o mal-estar causado por suas declarações", disse o deputado.

Assim como as outras comissões temáticas da Câmara, a CCJ só deve retomar seus trabalhos em março, com a eleição dos presidentes dos colegiados. Caberá ao novo presidente da CCJ pautar o requerimento para votação na comissão.

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