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Deputado da base entra com mandado de segurança no STF contra impeachment

O argumento de Rubens Pereira Júnior (PC do B- MA) é de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, deveria ter dado a oportunidade de Dilma apresentar defesa ao Congresso antes de acolher o pedido de impedimento

Por Gustavo Aguiar
Atualização:
A presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Foto: Estadão

Brasília - O deputado federal Rubens Pereira Júnior (PC do B-MA) protocolou no início da tarde desta quinta-feira, 3, no Supremo Tribunal Federal (STF) o primeiro mandado de segurança contra o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O recurso foi distribuído ao ministro Celso de Mello. A distribuição é feita por sorteio.

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O argumento do deputado é que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, deveria ter dado a oportunidade de Dilma apresentar defesa ao Congresso antes de acolher o pedido de impedimento. "Ao fazê-lo sem notificar previamente a presidente para que oferecesse resposta, (Cunha) violou os princípios do devido processo legal, de ampla defesa e do contraditório".

De acordo com o recurso, o presidente da Câmara dos Deputados deve, ao perceber que a denúncia por crime de responsabilidade preenche os requisitos formais, notificar a presidente da República para responder por escrito a acusação. De acordo com o deputado, somente depois de juntada a resposta ao processo é que Cunha deveria analisar a causa. 

O processo foi iniciado ontem, depois de Cunha anunciar que aceitou a representação dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal. Parlamentares da base aliada do PT adiantaram que vão ingressar no STF para tentar anular o processo. Segundo a base, Cunha usou de chantagem para dar continuidade ao trâmite do pedido ao tentar barrar o processo de cassação contra ele no Conselho de Ética da Casa.

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