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Depois de Picciani e Albertassi, Paulo Melo também pede licença da Alerj

Trio do PMDB, acusado de esquema de propinas para empresas de ônibus, não devem receber salários ao menos até janeiro

Por Constança Rezende
Atualização:
Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi Foto: Tania Rego/Agência Brasil, Fabio Motta/Estadão e Alerj

RIO - O deputado estadual Paulo Melo (PMDB) também pediu licença do cargo, assim como fizeram o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Jorge Picciani, e o deputado Edson Albertassi, líder do governo Luiz Fernando Pezão (PMDB), alvos da operação Cadeia Velha. A informação foi confirmada por sua assessoria de imprensa, na manhã desta terça-feira, 21. Ele ficará fora de suas atividades no Legislativo fluminense até o fim do recesso parlamentar, em janeiro. 

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Picciani foi o primeiro a anunciar a licença, no último domingo, 19. A assessoria da Alerj respondeu que ele não receberá remuneração neste período, mas mantém o foro privilegiado. Picciani afirmou que iria se dedicar à sua defesa na Justiça no período do afastamento, retornando ao cargo apenas no ano que vem.

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Picciani, Albertassi e Paulo Melo foram presos na última quinta-feira, 16, durante a Operação Cadeia Velha, etapa da Lava Jato sob coordenação do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) no Rio. Um dia depois, eles foram soltos por uma votação na Alerj. 

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Os deputados são acusados de receber propina para favorecer empresas do setor de construtoras e concessionárias de transporte público, em troca de decisões favoráveis no legislativo fluminense. O Estado, que vive uma grave crise fiscal, teria deixado de receber R$ 183 bilhões, em decorrência de benefícios fiscais em favor de empresas envolvidas no esquema de corrupção existente desde os anos 90, segundo o MPF.

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