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Departamento de propinas pagou milícia

Em depoimento à Justiça Eleitoral, o empreiteiro Marcelo Odebrecht diz que setor da empresa foi criado para pagamento de resgates de funcionários da empreiteira sequestrados em países atingidos por conflitos armados ou grande violência urbana

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Por Ricardo Galhardo
Atualização:
Marcelo Odebrecht chega para depor na sede do TRE-PR, em 1 de março, em Curitiba Foto: Paulo Lisboa|Foto Press

No depoimento à Justiça Eleitoral, nesta quarta-feira, 1.º, em Curitiba, o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht negou que o Departamento de Obras Estruturadas da empreiteira tivesse como principal objetivo pagar propinas a políticos e agentes públicos, como afirma a força-tarefa da Operação Lava Jato. 

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Segundo o empresário preso, o setor conhecido hoje como “departamento de propinas” foi criado para o pagamento de resgates de funcionários da empreiteira sequestrados em países atingidos por conflitos armados ou grande violência urbana. O setor também seria usado para drenar recursos de caixa 2 a milícias e grupos armados destes países. 

De acordo com relatos, o empresário disse só ter descoberto que o departamento era usado para pagar propinas a políticos no Brasil depois da deflagração da Operação Lava Jato. Entre os locais que têm ou tiveram conflitos nos quais a Odebrecht tem contratos estão Colômbia, Venezuela, Guatemala, Angola, Moçambique e Gana, além de países no Oriente Médio.

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