DEM quer acesso a atas da Petrobrás para saber atuação de Dilma em contratos

Presidente esteve à frente do Conselho de Administração da estatal no período em que foram firmados contratos com SBM Offshore, suspeita de pagamento de propina a funcionários públicos

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Por Eduardo Bresciani
Atualização:

O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), pretende requisitar à Petrobrás as atas e notas taquigráficas das reuniões do Conselho de Administração da estatal em que foram aprovados os contratos com a empresa holandesa SBM. Ele é autor do requerimento de criação da comissão externa, aprovada nessa terça-feira, 11, para investigar a Petrobrás. Atual presidente da República, Dilma Rousseff foi presidente do conselho entre 2003 a 2010, época em que foram firmados os negócios com a SBM, agora sob supeita.

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"Queremos ir atrás das atas do conselho de administração da Petrobrás dos últimos anos e das notas taquigráficas para saber como foi o debate, quem participou e quem aprovou esses contratos com a SBM", disse Mendonça ao Estado. A comissão vai buscar informações sobre as suspeitas de pagamentos de propina pela empresa holandesa a funcionários da estatal petrolífera.

O DEM vai propor ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que a comissão seja enxuta e faça um trabalho no Brasil antes de seguir para a Holanda. Pretende-se buscar resultados de auditorias da Petrobrás e de investigações do Ministério Público e da Controladoria-Geral da União sobre o tema. Caberá a Alves definir o tamanho da comissão externa.

A holandesa SBM Offshore é uma empresa que aluga navios-plataforma (FPSOs) a petroleiras. A companhia é alvo de investigações na Holanda por suposto pagamento de propina a autoridades de governos e de estatais de vários países, incluindo o Brasil. Segundo a denúncia de um ex-funcionário da empresa, teriam sido destinados US$ 139,2 milhões para funcionários e intermediários no País.

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