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Defesa de Cunha entra com mandado de segurança no STF contra presidente do Conselho de Ética

Advogado que representa o presidente da Câmara pediu ao Supremo que analise o impedimento de José Carlos Araújo

Por Daiene Cardoso
Atualização:
O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo Foto: André Dusek|Estadão

Brasília - O advogado Marcelo Nobre, que representa o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no processo disciplinar no Conselho de Ética, informou aos conselheiros nesta tarde que entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a análise do impedimento do presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA). Como adiantou o Broadcast Político na quinta-feira passada, essa é mais uma das estratégias da defesa de Cunha para questionar o andamento do processo por quebra de decoro parlamentar.

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Na sessão do colegiado desta tarde, Nobre explicou que o objetivo do mandado de segurança é suspender o andamento do processo até que o Conselho responda questões de ordem formuladas por aliados de Cunha sobre a suspeição de Araújo. "Como a questão não é decidida, o mandato de segurança tem esse objetivo", explicou Nobre. Na prática, o que os aliados do peemedebista buscam é o afastamento do presidente do colegiado.

O Conselho se reúne nesta tarde para discutir o parecer prévio do relator Marcos Rogério (PDT-RO) pedindo a continuidade da ação disciplinar. Aliado de Cunha, o deputado Wellington Roberto (PR-PB) apresentou um voto em separado onde diz que o relatório de Rogério antecipa a punição de Cunha e precipita o processo. Ele defendeu que o colegiado não tem condições de fazer investigação no lugar do Judiciário e citou o processo contra o ex-deputado professor Luizinho (PT-SP), que escapou da cassação em plenário. "Foi uma injustiça típica e um atropelo político", afirmou.

Durante a discussão sobre se Wellington Roberto poderia prosseguir lendo seu relatório paralelo como vice-líder da bancada, o deputado Vinícius Gurgel (PR-AP) causou desconforto entre os colegas ao dizer que "é uma suruba isso aqui". Minutos depois, o parlamentar se desculpou e disse que não quis falar no sentido literal e sim no sentido político.

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