CUT e MBL ‘disputam’ o direito de protestar na Paulista no dia do julgamento de Lula

Encontro com a Polícia Militar nesta quarta-feira qual dos dois grupos deverá ocupar a principal via de São Paulo

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Por Gilberto Amendola
Atualização:

Uma reunião com a Polícia Militar deve definir nesta quarta-feira quais grupos poderão usar a Avenida Paulista como palco de manifestações durante o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que acontece no próximo dia 24, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre. O Movimento Brasil Livre (MBL) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) desejam ocupar a avenida. A polícia teme violência entre os grupos. O MBL foi o primeiro a comunicar o comando da PM sobre a organização de uma manifestação na avenida Paulista. Por isso, à princípio, a preferência seria de quem pediu primeiro. Ou seja, do MBL. Mas, com um evento já divulgado nas redes sociais, a CUT também definiu que será na Avenida Paulista seu espaço de manifestação. O impasse está colocado e uma solução só deve ser alcançada na reunião desta quarta-feira, 17. ++ Gleisi acusa TRF-4 de criar ‘cortina de fumaça’ Procurado pela reportagem, O MBL preferiu não se manifestar - porque ainda estaria definindo pontos da organização interna da manifestação. Já o presidente da CUT Estadual, Douglas Izzo aposta na reunião para definir o local da manifestação. "Acredito que se houver um acordo os dois grupos poderam se manifestar democraticamente na Paulista. Mas isso será definido apenas na reunião", disse.

MBL tem preferência para ficar com Avenida Paulista por ter feito requisição antes da CUT Foto: Amanda Perobelli/Estadão

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Por e-mail, a assessoria da Polícia Militar adiantou que "o planejamento destas operações de policiamento está em andamento e conta com a colaboração de outros órgãos de forma conjunta, tais como: CET, SPTrans, GCM, Prefeituras Regionais, entre outros, de relevância na organização desses eventos, tais como sindicatos e outros grupos que pretendem manifestar-se no dia."

++ Relator da Lava Jato diz ‘não’ a Lula

Além disso, o comunicado da PM afirma: "Será empregado um policiamento reforçado nos pontos considerados sensíveis como: Av. Paulista, Praça da Sé, Praça da República e saídas de estação do metrô e Terminais de Ônibus. . Para garantia da Ordem Pública e a segurança das pessoas que manifestarem-se pacificamente, o 11º BPM/M contará com um número maior de viaturas no patrulhamento em todas as suas modalidades de policiamento: viaturas de Radiopatrulha 190, Rondas com Motocicletas, Policiamento com Bicicletas, Policiamento a Pé, além do emprego dos Pelotões de Ações Especiais de Polícia (policiais com treinamento para distúrbios civis) e equipes de Força Tática."

 

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