Cúpula do PSDB cria grupo em aplicativo de mensagens para debater participação no governo

Vice-presidente do partido, o ex-governador Alberto Goldman diz que 2018 'não pode estar no horizonte' da sigla neste momento

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Por Pedro Venceslau
Atualização:

Dividida sobre a participação em um eventual governo Michel Temer (PMDB), a cúpula do PSDB criou um grupo no aplicativo de mensagens Whatsapp para que os integrantes de sua direção executiva, que conta com 37 membros, debatam internamente a questão antes da reunião decisiva da sigla, marcada para o dia 3 de maio.

Lideranças do PSDB no Palácio dos Bandeirantes Foto: Sérgio Castro|Estadão

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Em outra frente, o senador Aécio Neves (MG), presidente do partido, se reunirá nesta terça-feira, 26, com a bancada tucana na Câmara e até o fim da semana com os senadores da legenda. O ciclo de consultas ocorre no momento que o senador José Serra (SP) e seu grupo político pressionam o partido pela participação.

O senador paulista, que é cotado pelo grupo de Temer para assumir um ministério de peso, usou no fim semana o Facebook para defender o embarque. "Seria bizarro o PSDB ajudar a fazer o impeachment de Dilma e depois, por questiúnculas e cálculos mesquinhos, lavar as mãos e fugir a suas responsabilidades com o país", disse.

Em uma indireta ao senador Aécio Neves e ao governador Geraldo Alckmin, que são contra o partido aceitar cargos, o ex-governador Alberto Goldman (SP), vice presidente do PSDB, diz que, nesse momento, o ano de 2018 "não pode estar no horizonte".

"O PSDB entra com tudo ou nada. Não adianta colocar meio corpo. 2018 não pode estarem nosso horizonte", afirma.

Aliado de Serra, o deputado Jutahy Júnior (BA) segue na mesma linha."Devemos ter agora a mesma atitude que tivemos no governo Itamar Franco. Nós devemos participar".

No último fim de semana, várias liderenças tucanas se manifestaram publicamente contra a entrada do PSDB no governo durante o Fórum Empresarial, evento que reuniu políticos de opoisção e empresários em Foz do Iguaçu (PR). 

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