No Twitter, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou ter recebido propina para beneficiar o BTG Pactual, de André Esteves. “É um verdadeiro absurdo e parece até armação”, escreveu. Cunha se disse “revoltado” com a informação “absurda”. “Amanhã qualquer um anota qualquer coisa sobre terceiros e vira verdade?”, questionou.
Cunha argumentou que apresentou duas emendas a essa medida provisória, mas ambas foram rejeitadas. Uma seria para acabar com o exame da OAB e a outra, segundo ele, para tirar justamente “a possibilidade do tal benefício que me acusam de aprovar”. O deputado criticou o fato de uma “anotação” ter se transformado em acusação.
Também disse que não conhece o assessor do senador Delcídio Amaral (PT-MS), Diogo Ferreira. “Desafio a encontrarem qualquer participação minha em suspeição dessa MP. Desminto o fato e coloco sob suspeição essa anotação.”
O BTG Pactual, em nota, “nega veementemente a realização de qualquer tipo de pagamento para suposto benefício”. O banco alega que as mudanças propostas pela medida provisória não se aplicam a instituições financeiras liquidadas antes de 1.º de janeiro de 2014, caso dos bancos Bamerindus e Nacional.
O advogado de Ferreira, Délio Lins e Silva, disse que não teve acesso à decisão que determina a prisão de seu cliente e, por isso, não poderia se manifestar.