CPI dos Fundos de Pensão convoca Eike e Youssef para depor

Como se trata de uma convocação, ambos são obrigados a comparecer; data para os depoimentos ainda não foi marcada

Por CARLA ARAÚJO E DANIEL CARVALHO
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O empresário Eike Batista e o doleiro Alberto Youssef Foto: Estadão

Brasília - Deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão aprovaram nesta quinta-feira, 24, um requerimento para ouvir o doleiro Alberto Youssef e o empresário Eike Batista, presidente do grupo EBX. Como se trata de uma convocação, ambos são obrigados a comparecer, mas ainda não foi marcada a data para os depoimentos, no entanto. Na sessão que aconteceu nesta quinta-feira, havia dezenas de requerimentos de convocação, incluindo dos ministros Ricardo Berzoini (Comunicação) e Carlos Gabas (Previdência). Porém, não houve acordo entre os deputados para votar estes depoimentos. Eike, que também prestará esclarecimentos à CPI do BNDES, terá que explicar os aportes financeiros dos principais fundos de pensão do País no grupo EBX. "As empresas do Eike causaram grandes prejuízos a investidores brasileiros, na medida em que vários fundos investiram em suas empresas sua oitiva se torna necessária", destacou o relator da CPI, deputado Sérgio Souza (PMDB-PR). No caso do requerimento de Youssef, os deputados querem que o doleiro preste esclarecimentos sobre "denúncias de interferência para influenciar decisões de investimentos mal sucedidos nos fundos de pensão". Segundo o relator, a convocação do doleiro será "extremamente necessária" para as investigações. "Este cidadão está ligado a todas as grandes operações financeiras que envolveram o governo federal. Seu nome já foi citado várias vezes dentro da CPI, e está no momento de ouvi-lo", disse. A CPI ainda aprovou a convocação do diretor de Investimento do Petros, Licio da Costa Raimundo, dos presidentes de conselhos deliberativos da Previ, Robson Rocha, da Fundação dos Economiários Nacionais (Funcef), Joaquim Lima de Oliveira, e dos conselhos fiscais do Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos (Postalis) e do Petros.

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