CPI da Petrobrás aprova oitiva de ex-deputados presos em Curitiba

André Vargas, Luiz Argôlo e Pedro Corrêa devem ser ouvidos no auditório da sede da Justiça Federal

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Por Daiene Cardoso
Atualização:

Brasília - A CPI da Petrobrás aprovou nesta quinta-feira, 7, os requerimentos de convocação dos ex-deputados federais André Vargas (sem partido-PR), Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE), todos presos em Curitiba. Na segunda-feira, 11, os parlamentares farão a oitiva de presos na Operação Lava Jato em Curitiba. De acordo com a presidência da CPI, os depoimentos serão no auditório da Justiça Federal, a partir das 9h, e serão abertos à imprensa. Em uma votação em bloco, os deputados também aprovaram a convocação do doleiro Carlos Habib Chater, dono do posto de gasolina em Brasília que deu nome à Operação da Polícia Federal. No pacote de convocações aprovadas também está o delegado da Polícia Federal Gerson Machado, chamado para "colaborar com as investigações" da CPI.

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Ambos foram presos na 11ª etapa da Operação Lava Jato denominada “A Origem”, em abril. Vargas é investigado por, entre outros motivos, suspeita de lavagem de dinheiro e recebimento de  R$ 2.399.511,60, em espécie, do doleiro Alberto Youssef, personagem central do esquema de corrupção na Petrobrás.

Argôlo, segundo depoimento do policial Jayme Alves de Oliveira Filho, também investigado na Lava Jato, teria recebido R$ 10 mil de Yousseff.

Contra Pedro Corrêa pesam as informações fornecidas pelo ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa que, em delação premiada, afirmou que o ex-deputado reebeu R$ 5,3 milhões do esquema para sua campanha de 2010. Ele já foi condenado por envolvimento no mensalão.

Deputado Luiz Argôlo (SD-BA). Segundo depoimento do policial Jayme Alves de Oliveira Filho, ele teria recebido R$ 10 mil de Yousseff Foto: Ed Ferreira/Estadão
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