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'Conversa com Temer foi tranquila', diz Geddel

Ministro acusado de atuar em interesse próprio no Ministério da Cultura re reúne com presidente logo após comissão adiar votação de caso

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Por Erich Decat
Atualização:

BRASÍLIA - No centro da nova crise que atingiu o Palácio do Planalto, o ministro Geddel Vieira Lima (Secretário de Governo) se reuniu nesta segunda-feira, 21, com o presidente Michel Temer. O encontro, realizado no gabinete do presidente, ocorreu pouco depois de a maioria dos integrantes da Comissão de Ética Pública da Presidência da República se posicionarem pela abertura de um processo contra o ministro.

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima Foto: Dida Sampaio|Estadão

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Apesar da maioria (cinco dos sete) dos integrantes declararem favoráveis, o processo não foi aberto imediatamente porque um dos conselheiros pediu vista - o que adiará a decisão para 14 de dezembro. Os conselheiros podem mudar o voto até a decisão final.

“A conversa foi tranquila”, afirmou Geddel ao Estado. Questionado se Temer havia dado apoio, o ministro respondeu rapidamente: “Claro, Claro.” Segundo auxiliares do Palácio, o presidente Temer deve fazer um pronunciamento, a favor de Geddel, na tarde desta segunda-feira, 21,  por meio do porta-voz. Além da conversa desta segunda, eles teriam mantido contato ao longo do final de semana por telefone.

Ao Estado, Geddel também falou que, após tomar conhecimento sobre a possibilidade de ser aberto um processo contra ele na Comissão de Ética, ligou para integrantes do colegiado dizendo que apoiava a medida e pediu celeridade. “Liguei para o presidente da Comissão e pedi para que fosse revista a iniciativa de adiar a decisão sobre o processo. Vamos fazer isso logo”, ressaltou.

Geddel não participou da reunião Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, comandada na manhã desta segunda pelo presidente Michel Temer. O ministro chegou ao Palácio do Planalto, por volta das 12h45, logo após o encerramento do evento que contou, que contou com a participação de representantes da sociedade civil, entre artistas, empresários, sindicalistas e políticos.

O ministro foi acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de pressioná-lo para liberar a construção de um empreendimento imobiliário em Salvador, em que também teria um unidade.

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