'Continuo confiando em Eduardo', diz presidente nacional do PSB

Carlos Siqueira afirmou que reitera a confiança no correligionário morto em acidente aéreo, em agosto de 2014, e apoia a investigação da Polícia Federal

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Por Valmar Hupsel Filho
Atualização:
Carlos Siqueira, presidente do PSB Foto: André Dusek|Estadão

Ao comentar os desdobramentos da Operação Turbulência, que investiga suspeita de caixa dois na reeleição do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em 2010, o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, disse que reitera a total confiança no correligionário, morto em acidente aéreo em plena campanha presidencial, em agosto de 2014.   "Reitero a total confiança em Eduardo e que ele tenha feito as coisas corretamente", disse Siqueira, reiterando que apoia totalmente a investigação da Polícia Federal. O presidente nacional do PSB disse que não participou da campanha de Campos em 2010 e só soube da existência dos donos do avião Cessna Citation, que caiu em Santos vitimando Campos e outras cinco pessoas, após o acidente. "Até então nunca tinha tratado do assunto", disse.

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A Operação Turbulência, cuja 21ª fase foi deflagrada nesta terça-feira, 21, teve início logo após o acidente, quando a Polícia Federal passou a investigar a compra da aeronave e identificou movimentações financeiras suspeitas nas contas de empresas envolvidas na negociação.

A PF constatou que essas empresas eram de fachada, constituídas em nome de "laranjas", e que realizavam transações entre si e com outras empresas fantasmas, inclusive com empresas investigadas na Operação Lava Jato. 

A suspeita é que parte dos recursos que passaram pelas contas examinadas servia para pagamento de propina a políticos e formação de "caixa dois" de empreiteiras. Segundo a PF, o esquema funcionava, no mínimo, desde o ano de 2010 e teria movimentado R$ 600 milhões.

Nesta terça, 21, a Polícia Federal cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em Pernambuco e Goiás. Entre os presos estão os empresários Apolo Santana e João Carlos Lyra, apontados como compradores da aeronave.