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Consulados do Brasil nos EUA, Canadá e Europa anunciam greve

Funcionários de 12 localidades vão parar por 48 horas para reivindicar aumento salarial e melhores condições de trabalho

Por Ricardo Galhardo
Atualização:

Atualizado às 18h54

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Faltando um mês para o início da Copa do Mundo funcionários de 12 consulados brasileiros na Europa, Canadá e EUA anunciaram uma paralisação de 48 horas a partir de terça-feira, 13, para reivindicar melhores salários e condições de trabalho.

Segundo a Associação dos Servidores Locais do Ministério das Relações Exteriores no Mundo (Aflex), serão afetados serviços como emissão de vistos para estrangeiros, passaportes para brasileiros, registros civis, legalização de documentos e atendimento ao público em geral.

A Aflex diz representar 4 mil funcionários que trabalham em missões diplomáticas no exterior. De acordo com a entidade, 1.800 deles participaram dos processos de negociação que levaram à paralisação. Estes trabalhadores não fazem parte do quadro permanente do Itamaraty e são contratados pelas embaixadas e consulados brasileiros conforme as legislações trabalhistas de cada país.

O Itamaraty não soube quantificar o impacto da paralisação na prestação de serviços. Segundo o ministério, isso vai depender do grau de adesão ao movimento mas para evitar prejuízos no atendimento estão sendo realocados funcionários do quadro permanente para cobrir os faltosos.

Só nos EUA, país estrangeiro com mais compradores de ingressos para a Copa, estão previstas paralisações nos consulados de Nova York, Atlanta, Houston, Hartford, Los Angeles e São Francisco. No Canadá, vão parar os funcionários das missões brasileiras em Toronto e Motreal. Na Europa, as representações em Paris (França), Frankfurt (Alemanha), Bruxelas (Bélgica) e Berna (Suíça) também devem aderir ao movimento. Além disso estão previstas manifestações nas embaixadas de Roma e Milão (Itália), Boston e Miami (EUA), Genebra (Suíça) e Roterdã (Holanda).

Um manifesto deve ser lido pelo senador Paulo Paim (PT-RS) no plenário do Senado nesta terça-feira. A Aflex decidiu fazer o ato no dia da Abolição da Escravatura, devido ao caráter simbólico da data. 

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Segundo o Ministério das Relações Exteriores, é impossível fazer uma negociação global de salários, pois os trabalhadores representados pela Aflex são contratados segundo a legislação trabalhista de cada país. De acordo com MRE, não há registro de ações trabalhistas contra missões diplomáticas brasileiras. O ministério garante que não haverá prejuízo na prestação de serviços.

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