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Congresso vive dia de 'ressaca'

Após tensão de ontem por prisões da Lava Jato, Casas ficaram esvaziadas

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Por Isabela Bonfim Daniel Carvalho Daiene Cardoso
Atualização:

BRASÍLIA - O Senado viveu nesta quinta-feira, 26 um climade ressaca, com corredores esvaziados e poucos parlamentares presentes. No plenário, houve uma sessão solene em comemoração ao mês da Consciência Negra prestigiada, principalmente, por convidados. Poucos senadores se increveram para discurso, como Ana Amélia (PP-RS) e José Medeiros (PPS-MT). Ambos lamentaram, mais uma vez, o constrangimento e o ineditismo da prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) ocorrida na véspera.

BRASÍLIA-DF | 26|11|2015 | POLITICA | Brasília - Sessão esvaziada no plenário do Senado, com presença apenas dos senadores Paulo Paim e José Medeiros. Credito: Wilson Dias|Agência Brasil Foto:  

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Houve sessão da CPI do Carf, com a apresentação do relatório final, mas o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), não apareceu. Optou por receber o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na residência oficial.

Pelo segundo dia consecutivo, a Câmara dos Deputados não conseguiu votar nenhum projeto. A sessão deliberativa da manhã não ocorreu após a tentativa de votação do projeto de lei do Executivo que fixa novas normas para o cálculo do teto de remuneração do servidor público e dos agentes políticos. A matéria tranca a pauta. Não houve sessão extraordinária porque às quintas-feiras os parlamentares costumam regressar aos Estados de origem.

Não havia acordo entre os partidos para a apreciação do tema na ordem do dia e a oposição avisou que manteria as ações de obstrução em protesto contra a permanência do peemedebista Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Casa. Cunha sequer deixou seu gabinete para presidir a sessão, que foi comandada pelo deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP). O projeto não chegou a ser debatido porque foi aprovado um requerimento de retirada de pauta.

Na quarta, os trabalhos na Casa foram paralisados e a ordem do dia não chegou a ser aberta. Impactados com a prisão do ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), deputados ficaram à espera de uma definição sobre a realização da sessão conjunta do Congresso Nacional, que acabou não acontecendo.

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