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Comissão Municipal da Verdade quer confrontar relatórios sobre JK

Vereador Gilberto Natalini (PV-SP), presidente do grupo criado na Câmara, cuja investigação indicou assassinato de Juscelino Kubitschek, quer confrontar relatório do órgão federal

Por Ricardo Chapola
Atualização:

O presidente da Comissão Municipal da Verdade Vladimir Herzog, vereador Gilberto Natalini (PV-SP), disse nesta terça-feira, 22, que vai enviar um pedido de audiência com os membros da Comissão Nacional da Verdade para confrontar os resultados das investigações sobre a morte do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek. Ele afirmou que encaminhará a solicitação nesta quarta-feira.

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Nesta terça-feira, o colegiado federal apresentou um relatório indicando que JK e o motorista foram vítimas de um acidente de trânsito na rodovia Presidente Dutra, em 1976. Já a versão da comissão paulistana - criada na Câmara Municipal de São Paulo -, divulgada em dezembro do ano passado, foi diferente: concluiu-se que o ex-presidente fora assassinado.

"Nós reafirmamos o nosso relatório. Estamos convictos do que pesquisamos e do que escrevemos. A nossa conclusão foi baseada em 103 indícios de que houve, sim, o atentado que matou JK", afirmou Natalini. "Queremos confrontar os relatórios item a item."

O vereador chegou a enviar, em março, à presidente Dilma Rousseff um ofício pedindo que a causa da morte de JK fosse atribuída a agentes da repressão do período da ditadura militar. A versão como oficial, no entanto, é de que o ex-presidente morreu por conta do acidente de carro.

"Em nenhum momento nós (da Comissão Municipal da Verdade) fomos chamados depois do ofício. Nunca fomos chamados para nada", disse.

A polêmica em torno do assunto começou ainda nos anos 1980, quando peritos encontraram, durante uma exumação, um fragmento metálico no crânio do motorista, que depois se constatou se tratar de um cravo usado no revestimento do caixão.

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