Comissão adia votação de convite para ouvir ex-dirigentes da Petrobrás

Em minoria, oposição teve que fazer acordo para que votação de convites seja realizada apenas se a CPI da estatal não for aberta

PUBLICIDADE

Por Ricardo Brito
Atualização:

Brasília - A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado adiou na manhã desta terça-feira, 8, a votação de dois requerimentos que propunham a realização de uma audiência pública com Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobrás, e com Nelson Cerveró, ex-diretor internacional da estatal, para que eles expliquem a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

PUBLICIDADE

A oposição pretendia convidá-los à comissão. Mas, em minoria, tiveram de fazer um acordo com a base aliada para que a votação dos convites ocorra apenas se a CPI da Petrobrás não for aberta.

A previsão é que o plenário do Senado decida esta semana qual comissão parlamentar será criada: a proposta pela oposição, que se restringe apenas à Petrobrás, ou a da base, que, além da estatal, relaciona fatos ligados aos governos do PSDB de Aécio Neves e ao PSB de Eduardo Campos, prováveis adversários de Dilma em outubro.

Conforme revelou o Estado, a presidente Dilma Rousseff (que na ocasião presidia o Conselho de Administração da Petrobrás) votou a favor da operação, que, segundo ela, foi embasada em um resumo "falho" e "incompleto". À época, Gabrielli era o presidente da estatal e Cerveró, o responsável pelo resumo que embasou a decisão de Dilma.

Pelo regimento do Senado, uma pessoa não é obrigada a comparecer a um convite feito pela Casa. Só há obrigação de presença no caso de uma convocação.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.