Citados por Roberto Jefferson em entrevista ao 'Estado' não comentam declarações

Ex-deputado fez referências ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, ao ex-presidente Lula, ao ex-ministro José Dirceu, à presidente Dilma Rousseff e ao ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, cuja defesa diz que fatos são 'inverídicos'

Por Luciana Nunes Leal
Atualização:

A assessoria do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informou que o deputado não comentaria as declarações do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB). Procurada para falar sobre as acusações de Jefferson contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista ao Estado, a assessoria do Instituto Lula respondeu apenas que não iria “comentar as opções jornalísticas e políticas do jornal O Estado de S. Paulo”.

PUBLICIDADE

A defesa do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo informou que “a versão do ex-deputado Roberto Jefferson pode até ser verdadeira na parte em que ele narra o propósito de obter a indicação de um nomeado seu para a diretoria de Furnas a fim de montar esquema de arrecadação semelhante ao da Petrobrás”. E prossegue: “Todo o restante – a despeito do colorido utilizado para recontar episódios imaginários – é inverídico. Nesse ponto, há que se reconhecer o talento de comunicador do ex-deputado”. A nota afirma ainda que “caso Roberto Jefferson tivesse obtido êxito em seu intento de nomear apadrinhado seu para a diretoria de Furnas, veria logo frustrada sua sanha arrecadatória: ao contrário da Petrobrás, os processos de contratação de Furnas se submetem à Lei de Licitações e são rigorosamente controlados pela CGU (Controladoria Geral da União ) e pelo TCU (Tribunal de Contas da União)”.

“Nesse episódio, o único papel desempenhado por Dimas Toledo foi na insistência de que a diretoria de Engenharia de Furnas permanecesse sob a condução de funcionário de carreira (...) As acusações feitas pelo ex-deputado contra Dimas Toledo somente podem ser atribuídas ao ressentimento por não ter obtido seu intento de sangrar os cofres de Furnas”, diz a nota.

A defesa do ex-ministro José Dirceu não respondeu aos contados feitos pelo Estado. O Palácio do Planalto informou que não comentaria as declarações do ex-deputado.