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'Ciência e religião não combinam', diz presidente do PSB

Carlos Siqueira afirmou que o futuro ministro de Ciência e Tecnologia não deve 'ter preconceitos'; pasta deve ser comandada pelo presidente do PRB, o advogado e bispo licenciado Marcos Pereira, em eventual governo Temer

Por Erich Decat
Atualização:

Brasília - Sem citar diretamente o convite feito pelo vice-presidente da República, Michel Temer, ao PRB para assumir o Ministério de Ciência e Tecnologia, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, considerou nesta terça-feira, 3, que o futuro ministro da área não deve “ter preconceitos” e ressaltou que “ciência e religião não combinam”. A pasta já foi ocupada pelo PSB no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O novo ministro de Ciência e Tecnologia, seja quem for, deve não ter preconceito. A ciência requer e se separa da religião. Ciência e religião não combinam. Eu acredito que o novo ministro também não pode fazer isso porque a religião tem base no dogma e a ciência no resultado da pesquisa”, afirmou Siqueira, após deixar o gabinete do vice-presidente Michel Temer, em Brasília.

Presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira Foto: Andre Dusek/Estadão - 21.08.2014

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Dono de uma bancada majoritariamente evangélica, o PRB foi convidado e aceitou indicar o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação de um eventual governo Michel Temer. O presidente do partido, o advogado e bispo licenciado Marcos Pereira, deverá ser o indicado para o cargo.

No encontro com Temer, Siqueira também apresentou algumas das pautas que o partido defende como prioritárias para a nova gestão. Entre elas, a discussão da implementação do sistema do parlamentarismo e o fim da reeleição.

Numa linha de discurso semelhante à que vem sendo adotada pelo PSDB, o presidente do PSB criticou ainda o atual sistema de coalizão partidária baseada na distribuição de cargos para os partidos no Congresso.

“O presidencialismo de coalizão tem sido um fracasso. A forma de fazer o chamado toma lá da cá. Esse momento da história nacional requer que o presidente tenha liberdade e que os políticos e partidos compreendam”, ressaltou.