CGU vai usar sindicância da Petrobrás para apurar suspeita de propina

Controladoria-Geral da União instaurou sindicância nesta quinta para apurar denúncias de pagamento de propina em contratos da estatal brasileiras com a empresa holandesa SBM Offshore

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Por Natália Devens
Atualização:

VITÓRIA - O relatório elaborado pela Comissão Interna de Apuração da Petrobrás para investigar os contratos com a empresa holandesa SBM Offshore servirá de ponto de partida nas investigações da sindicância instaurada oficialmente nesta quinta-feira, 3, pela Controladoria-Geral da União. A afirmação é do coordenador-geral de Responsabilização de Entes Privados da CGU, Flávio Dematté.

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Um dos palestrantes do VI Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal, que está sendo realizado esta semana em Vitória e Vila Velha, no Espírito Santo, Dematté ressaltou que o relatório final da sindicância instaurada pela CGU poderá dar ensejo a um processo de natureza punitiva, tanto para os empregados envolvidos, quanto para as pessoas jurídicas.

Segundo ele, o documento elaborado pela Comissão Interna de Apuração da Petrobrás sobre o contrato com a empresa holandesa não será confrontado. "O relatório apresentado pela Petrobrás foi um trabalho bem feito, mas dentro das limitações que a estatal possui. Iremos aprofundar os trabalhos para chegar a novas informações", disse.

Dematté afirmou que a CGU entrará em contato com outros órgãos do poder executivo federal que podem fornecer informações adicionais, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) e o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI).

O coordenador não descartou a possibilidade de a CGU também instaurar outra sindicância para investigar o caso da compra da refinaria de Pasadena, no Texas, mas ressaltou que a avaliação deve ser feita somente após a divulgação do relatório elaborado pela Petrobrás, assim como ocorreu no caso da SBM. A comissão interna da companhia deve se manifestar até a primeira quinzena de maio.

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