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Cassação de Cunha será votada entre 12 e 16 de setembro, indica Maia a deputados

Processo de cassação de Cunha deverá ser feito apenas depois da conclusão do impeachment de Dilma Rousseff, disseram parlamentares

Por Igor Gadelha
Atualização:
Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados Foto: André Dusek|Estadão

BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou a líderes da base aliada nesta terça-feira, 9, que pautará o pedido de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para depois da conclusão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. De acordo com cinco influentes parlamentares da base e da oposição que conversaram com Maia hoje e foram ouvidos pelo Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, o presidente indicou que marcará a votação para a semana entre 12 e 16 de setembro.

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Maia passou o dia reunido com lideranças da base e da oposição discutindo o assunto. Segundo relatos, ele lembrou que não dará para votar o pedido na próxima semana, pois não haverá votações na Câmara, em razão do início da campanha eleitoral. Nas duas semanas seguintes, também não seria possível, pois é quando o Senado deve realizar o julgamento final do impeachment. Na primeira semana de setembro, também não daria, em razão do feriado de 7 de setembro, o que diminuiria o quórum. Restaria, portanto, a semana entre 12 e 16 de setembro.

Ao Broadcast Político, Maia disse que não passou data específica durante conversa com deputados, mas não negou que já tenha decidido marcar a votação para depois do impeachment. Ele confirmou, porém, que fará um anúncio oficial da data nesta quarta-feira, 10. O presidente da Câmara vem sofrendo pressão em plenário de partidos da oposição (PT, Rede, PSOL e PCdoB) para marcar a votação para a data mais próxima possível. Aliados de Cunha e o Palácio do Planalto, por sua vez, pressionaram para que a votação ficasse para depois do impeachment.