Carvalho minimiza acusação sobre criminosos na Petrobras

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Por Tania Monteiro
Atualização:

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta sexta-feira, 23, que a afirmação de um delegado da Polícia Federal de que haveria uma organização criminosa na Petrobras "é uma opinião subjetiva de um delegado e não do conjunto da PF". Segundo o ministro, "é preciso esperar o processo de investigação e ver se procede essa adjetivação para aí, sim, a gente ficar preocupado". Essa afirmação preliminar, de acordo com Gilberto Carvalho, não é importante. "Vamos esperar que passe por outros crivos para que, assim, a gente fique preocupado", repetiu, salientando que esse comentário "é um indicativo inicial de um inquérito assinado por um delegado e essa adjetivação só vale quando, de fato, passa pela análise rigorosa das instâncias judiciais". "Portanto, não considero essa adjetivação importante", reforçou o ministro durante entrevista concedida depois de participar da Arena Participação Social nesta manhã no Palácio do Planalto.A citação da existência de "uma organização criminosa no seio" da estatal, que atuaria desviando recursos, foi feita pelo delegado Caio Costa Duarte, da Divisão de Repressão a Crimes Financeiros em Brasília, em um ofício enviado em 22 de abril ao juiz federal Sérgio Fernando Moro, do Paraná. No documento, o delegado pede ao juiz o compartilhamento de provas da Operação Lava Jato, o que seria de "grande valia" para a condução do inquérito sobre Pasadena, refinaria sediada no Estados Unidos comprada pela Petrobras.

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