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Carvalho chama Aécio de 'playboyzinho' e diz que oposição faz propaganda com caso Petrobrás

Ministro-chefe da Presidência afirma ainda que governo sofre 'perseguição e discriminação' por promover políticas voltadas à maioria

Por Lisandra Paraguassu
Atualização:

Brasília - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, chamou o senador Aécio Neves, ex-candidato à Presidência pelo PSDB, de "playboyzinho" e afirmou que as denúncias de corrupção na Petrobrás e as tentativas de envolvimento da presidente Dilma Rousseff são "propaganda, conversa e maledicência" de quem nunca teve coragem de "por o dedo na ferida como nós estamos pondo agora". "Estamos cortando na própria carne, quando se verifica essa questão da corrupção", afirmou o ministro durante uma cerimônia em que foram assinados convênios com 21 associações e cooperativas de agricultura orgânica. Carvalho disse ainda que o governo sofre "perseguição e discriminação" por estar começando a devolver direitos para a maioria do povo brasileiro. "Vamos sofrendo todo tipo de acusação, de bolivarianismo, de chavismo, de mais um monte de m... que os caras falam para poder fazer funcionar de fato o Estado em função da maioria", discursou. "E foi isso que esteve em disputa nessa eleição. Eu morria de medo do playboyzinho ganhar a eleição porque eu tinha clareza que ia acabar essa energia que está aqui nesta sala. Isso não tinha condição de continuar porque não está nesse projeto".

Ministro-chefe da Secretaria-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, durante assinatura de convênio, no Palácio do Planalto Foto: Ed Ferreira/Estadão

Para uma plateia de representantes de cooperativas de agricultura familiar e pessoal do próprio governo, o ministro declarou que não está em jogo nesse momento a questão da corrupção - "que sempre teve e nós estamos tendo a coragem de combater" - , mas o medo que a oposição teria de perder a "hegemonia do Estado brasileiro". "O medo deles não é isso, não. É essa revolução silenciosa que se opera em todos os quatro cantos do País quando o povo vai descobrindo que ele é sujeito, autônomo, que tem capacidade de tocar a vida dele, que não depende mais dos dominadores, que ganha autonomia. É disso que eles têm medo e é por isso que temos que continuar nessa linha", afirmou. Ao final da cerimônia, o ministro saiu rapidamente e não quis falar com os jornalistas que o esperavam.

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