A ministra Cármen Lúcia, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu na manhã desta sexta-feira, 16, o Prêmio da Associação Nacional de Jornais (ANJ) de Liberdade de Imprensa, em evento realizado na sede do jornal O Estado de S. Paulo, na zona norte da capital paulista. Um dos motivos que levaram à escolha da ministra foi seu posicionamento contrário à necessidade de autorização prévia para a publicação de biografias. Ela foi relatora de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) sobre o tema no Supremo - em votação unânime, a Corte considerou tal exigência uma afronta à liberdade de expressão garantida pela Constituição brasileira.
Cármen Lúcia dedicou o prêmio aos professores, lembrando o dia da profissão, celebrado ontem. A ministra disse receber a homenagem com carinho e também constrangimento, por serem ela e o Judiciário sempre "devedores da sociedade" em tentar dar conta de todos os processos apresentados à Justiça. Cármen Lúcia destacou a questão da liberdade de expressão nos casos judiciais. "Isso que chamamos de liberdade de imprensa é a libertação de velhas ideias, de velhos sentimentos, em que a imprensa nos puxa pela mão e nos ajuda", disse a ministra ao agradecer o trabalho de todos os jornalistas.