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Candidato à presidência do PT, Paulo Teixeira defende marco regulatório

Assunto gerou atrito entre o partido e o ministro das Comunicações, que é contra regulação da mídia

Por Eduardo Bresciani
Atualização:

BRASÍLIA - Lançado candidato à presidência do PT pela corrente Mensagem ao Partido, o deputado federal Paulo Teixeira (SP) afirmou nesta sexta-feira, 22, ser a favor da da regulação da mídia. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, está sob fogo cerrado dentro do partido por segurar o projeto sobre o tema e conceder benefícios a empresas da área. Em entrevista ao Estado nessa semana o ministro disse ser "incompreensível" que o PT misture regulação da mídia com política de investimentos.Presente ao encontro, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (RS), afirma que é preciso democratizar a opinião no país. "Você observa a grande mídia brasileira e parece que todo povo brasileiro é neoliberal e tem saudade do Fernando Henrique, mas quando saem as pesquisas se demonstra um apoio amplamente majoritário ao projeto que representa o PT", disse. "Não se trata de atentar contra o direito de propriedade nem contra a liberdade de opinião, o que nós queremos é um sistema regulatório que faça as opiniões circularem livremente, de maneira plural", completou.Os vários discursos favoráveis à regulação foram ecoados com as declarações do próprio Teixeira. Ele afirmou que o debate não pode ser interditado e afirmou que o partido vai continuar defendendo a regulamentação do artigo da Constituição que trata do tema. "Precisamos enfrentar um tema que toda vez que falamos nele a imprensa nos acusa de restringir a liberdade de imprensa, mas nós não entendemos porque depois da Constituição de 1988 se regulamentou todos os artigos e deixou de se regulamentar um artigo, o dos meios de comunicação social. Queremos discutir esse artigo", disse Teixeira. O candidato afirmou que é preciso debater o "monopólio" e as "concessões" e lembrou haver ainda um ano e meio de governo Dilma para fazer o debate. Ele deverá enfrentar o atual presidente Rui Falcão na eleição interna.

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